Compromisso para renovar a vida
Para o planeta
0,06 %
Uma das principais ameaças para a perda de biodiversidade no Brasil e no mundo é a fragmentação de hábitats. Este fenômeno ocorre quando uma área natural contínua e de relevância ambiental é subdividida em áreas menores, sem conexão umas com as outras. Isso acontece em função das alterações no uso e ocupação do solo provocadas principalmente por ações antrópicas.
A fragmentação altera as interações ecológicas na paisagem e isola espécies, resultando na redução de variabilidade genética e sucesso reprodutivo – o que pode contribuir para sua extinção –, além de interferir na perda de resiliência dos territórios às mudanças climáticas e na prestação de serviços ecossistêmicos, entre outros efeitos adversos.
As operações florestais da Suzano alcançam cerca de 2,4 milhões de hectares. Por isso, entendemos que é nosso papel contribuir para a conexão desses fragmentos com o intuito de preservar a biodiversidade dos biomas em que estamos presentes e mitigar o risco de extinção de espécies.
Considerando toda a extensão e influência territorial da Suzano e entendendo que a natureza não reconhece limites entre propriedades, o desafio deste Compromisso considera áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade no Brasil nos biomas do Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia. O escopo do Compromisso abrange áreas naturais de florestas e demais tipos de vegetação nativa fragmentadas que precisam ser conectadas e os respectivos corredores de biodiversidade entre elas, dentro e fora das áreas de atuação da companhia, em parceria com diferentes atores.
Para o alcance da meta, a Suzano está focada nos pilares Conectar, Engajar e Proteger definidos para o Compromisso. A partir desses pilares, a companhia atuará estrategicamente em seis linhas: implantar corredores de biodiversidade na escala da paisagem; implementar modelos biodiversos de produção; estabelecer modelos de negócio que gerem valor compartilhado; aliviar pressões antrópicas à biodiversidade; conservar populações de primatas ameaçados e palmeiras; e criar redes de Unidades de Conservação.
Com base no projeto executivo elaborado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), foram mapeados 500 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa e definidas as áreas para implantação de modelos de restauração e biodiversidade em áreas produtivas para atuação nos corredores até 2030. Foi realizado um processo de análise de risco para avaliar a viabilidade e o alcance das metas no prazo estimado, considerando tanto as operações nas fazendas da Suzano quanto as áreas de proprietários rurais localizados ao longo dos corredores. A Suzano já possui uma matriz controlada de aspectos e impactos ambientais em suas operações. Espera-se que essas operações tenham impactos positivos na biodiversidade, convertendo o uso da terra em áreas naturais e implementando modelos de produção mais favoráveis à biodiversidade. Para isso, um plano anual de implementação deve ser seguido para aumentar a conectividade e atingir plenamente a meta.
Conectar meio milhão de hectares de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade no Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia até 2030.
Durante o ano de 2022, implementamos 179,41 hectares (ha) de restauração em áreas protegidas da Suzano, dentro dos três corredores ecológicos, sendo 73,10 ha no bioma Amazônia, 52,56 ha no bioma Cerrado e 53,74 ha no bioma Mata Atlântica. Também implantamos 93,14 ha de modelos biodiversos¹ em áreas produtivas de eucalipto da Suzano no sul da Bahia, área pertencente ao corredor Mata Atlântica. Foram desenhados, em 2022, sete modelos de implantação que intercalam o cultivo de eucalipto em consórcio com outras culturas e espécies, totalizando dois modelos propostos com Sistemas Agroflorestais (SAFs), um modelo agrossilvipastoril e quatro modelos de regeneração natural.
Em outra frente de atuação, definimos as espécies-chave ou prioritárias de primatas e palmeiras que serão monitoradas ao longo dos três corredores. As espécies de primatas selecionadas foram cuxiú-preto (Chiropotes satanas) para o corredor Amazônia, bugio-marrom (Alouatta guariba guariba) para o corredor Mata Atlântica e macaco-prego (Sapajus cay) para o corredor Cerrado. Já as espécies de palmeiras selecionadas para cada corredor foram mumbaca (Astrocaryum gynacanthum) para Amazônia, maria-rosa (Syagrus macrocarpa) e juçara (Euterpe edulis) para Mata Atlântica e acumã (Syagrus flexuosa) para o Cerrado. A ação, associada à linha de atuação "Conservar populações de primatas ameaçados e palmeiras", leva em consideração a importância e potencial para biodiversificação produtiva e econômica e, consequentemente, seu potencial de manejo produtivo sustentável, no caso das palmeiras.
Na linha de "Estabelecer modelos de negócio que geram valor compartilhado", estruturamos um negócio comunitário para fornecimento de serviços de restauração no corredor Mata Atlântica, no Estado do Espírito Santo, e elaboramos o plano de engajamento junto aos (às) produtores(as) rurais mapeados(as) ao longo dos corredores. Por fim, no que concerne à linha de atuação "Criar redes de unidades de conservação", realizamos a análise dos aspectos legais relacionados à criação de Unidades de Conservação no território dos corredores nos níveis federal, estadual e municipal.
2020 | 2021 | 2022 | |
---|---|---|---|
ha | ha | ha | |
Áreas conectadas |
0,00 |
0,00 |
312,38 |
Para 2023, temos o objetivo de implantar trechos dos corredores com potencial de conectar 50 mil hectares de fragmentos. Para tanto, serão implantadas áreas de manejo com modelos biodiversos em áreas de eucalipto e de restauração ecológica dentro das propriedades da Suzano e em propriedades vizinhas, conforme previsto e recomendado no planejamento de 2023, que está em elaboração. Como as restaurações terão início em propriedades fora da Suzano, colocaremos em prática o plano de engajamento junto aos (às) proprietários(as) mapeados(as) ao longo dos corredores.
 
Também iniciaremos o monitoramento de populações das espécies de primatas e palmeiras de interesse presentes nos fragmentos conectados, realizaremos a capacitação de equipes de vigilância especializadas, que começarão as rondas buscando reduzir as ocorrências ambientais, e mapearemos o risco de incêndios nos corredores e fragmentos-fonte.
Remover 40 milhões de toneladas de carbono (CO2) da atmosfera até 2025 e reduzir em 15% a intensidade das emissões de gases...
Conectar meio milhão de hectares de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade no Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia.
Aumentar a disponibilidade hídrica em todas das bacias hidrográficas críticas1 nas áreas de atuação da Suzano até 2030...
Disponibilizar 10 milhões de toneladas de produtos de origem renovável, que possam substituir o plástico e outros derivados do petróleo...
Reduzir em 70% os resíduos sólidos industriais enviados para aterro.