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contexto

Uma das principais ameaças para a perda de biodiversidade no Brasil e no mundo é a fragmentação de hábitats. Este fenômeno ocorre quando uma área natural contínua e de relevância ambiental é reduzida e subdividida em áreas menores, sem conexão umas com as outras. Isso acontece em função das alterações no uso e ocupação do solo provocadas principalmente por ações antrópicas e vem sendo intensificada pelas mudanças climáticas.
A fragmentação altera as interações ecológicas na paisagem e isola espécies, resultando na redução de variabilidade genética e sucesso reprodutivo – o que aumenta a vulnerabilidade das espécies podendo contribuir para sua extinção, além de interferir na perda de resiliência dos territórios às mudanças climáticas e na prestação de serviços ecossistêmicos, entre outros efeitos adversos.
As operações florestais da Suzano alcançam cerca de 2,7 milhões de hectares, sendo mais de 1 milhão de áreas conservadas como reserva legal, APP entre outras. Nesse cenário urgente de perda de biodiversidade, somado à nossa expertise em gestão de florestas entendemos que poderíamos desempenhar um importante papel na conservação da biodiversidade: contribuir para a conexão de fragmentos isolados com o intuito de alavancar o impacto positivo à biodiversidade nos biomas em que estamos presentes, como geração de valor ao negócio.        

informações sobre o KPI da meta
escopo

O compromisso abrange fragmentos de áreas naturais de florestas e demais tipos de vegetação nativa fragmentadas, escolhidas pelo seu alto potencial de conservação da biodiversidade. Esses fragmentos encontram-se dentro e fora das áreas de atuação da companhia e para conectá-los serão implantados corredores ecológicos, abrangendo áreas das operações diretas e cadeia de valor da Suzano, assim como propriedades privadas, assentamentos e territórios de populações tradicionais,  através de parcerias estratégicas.
A implantação desses corredores ocorre em áreas destinadas à conservação, empregadas técnicas de restauração, e em áreas produtivas, através de modelos de produção sustentável. 
Para gestão do compromisso, a companhia atua estrategicamente em seis linhas de atuação: 

  1. Implantar corredores de biodiversidade na escala da paisagem: constituir corredores ecológicos para ampliar a conectividade dos fragmentos relevantes para a conservação da biodiversidade.,. 
  2. implementar modelos de produção sustentável: objetiva que áreas produtivas sejam mais permeáveis à biodiversidade com a implementação de modelos que combinam diferentes sistemas produtivos (silvicultura, fruticultura, apicultura, sistemas agroflorestais, entre outros) nos corredores, permitindo. Na Suzano, esses modelos são intitulados de modelos biodiversos e estão sendo implantados sistemas mistos de silvicultura e vegetação nativa, ou realizada substituição dos plantios de eucalipto por faixa de nativas nos corredores.
  3. Estabelecer modelos de negócio que gerem valor compartilhado para as pessoas e a natureza: desenvolver e estabelecer estratégias e modelos de negócios associados à conservação da biodiversidade, buscando melhorar a geração de renda, inclusão social e qualidade de vida para comunidades, promovendo o protagonismo dos atores do território nessa agenda.
  4. Conservar populações de primatas ameaçados e palmeiras: definimos esses dois grupos como chaves para monitorarmos o sucesso dos corredores. Os primatas são um grupo dependente das florestas, que utilizam a copa das árvores para se locomover e que, portanto, são ótimos indicadores da qualidade do habitat e da funcionalidade dos corredores. Além disso, os primatas exercem importantes papéis ecológicos no ecossistema, como a dispersão de sementes que auxilia tanto na manutenção quanto na regeneração das florestas. As palmeiras são espécies muito utilizadas para a geração de renda das comunidades e, portanto, grandes aliadas para a manutenção da floresta de pé.  
  5. Criar redes de áreas protegidas: as áreas protegidas são grandes aliadas a conservação da biodiversidade, pois garantem no longo prazo que as espécies podem depender da utilização daquele fragmento. Por isso, buscaremos criar um conjunto de áreas protegidas nos territórios prioritários determinados pelo compromisso, que contribuirá para o aumento das áreas protegidas nas áreas próprias, e em áreas de parceiros terceiros.
  6. Aliviar pressões antrópicas à biodiversidade:  visa minimizar ou prevenir atividades antrópicas que podem impactar negativamente a qualidade e integridade dos ecossistemas naturais e das populações das espécies de ocorrência nas áreas de abrangência dos corredores e fragmentos de vegetação nativa. A estratégia envolve intensificar as ações de proteção e monitoramento ao longo dos corredores através de vigilância ativa, tecnologias de monitorização remota, iniciativas de envolvimento comunitário e parcerias com instituições governamentais, empresas privadas e sociedade civil.         
baseline
0 (2021)
ambição

Conectar meio milhão de hectares de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade no Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia até 2030        

resultados em 2024

No ano de 2024, implementamos trechos de corredores ecológicos que possibilitam a conexão de 102.104 hectares de fragmentos, que somados aos fragmentos conectados em anos anteriores totalizam um acumulado de 157.889 hectares conectados.  Para isso, foram implantados 1.337 ha de áreas nos corredores ecológicos, sendo 958,99 hectares de modelos biodiversos e 378,12 hectares de restauração ecológica. 
O ano de 2024 marcou o início da implantação de corredores ecológicos fora da área da Suzano, a partir da parceria com a Inovaland, organização privada internacional que recupera florestas e paisagens na América do Sul e na África. Essa parceria com a Inovaland constitui um matchfunding junto com a Kirkib, que por meio do Fundo Ambiental Sul Baiano (FASB), realiza as implantações previstas para o corredor ecológico da Mata Atlântica, projeto esse denominado “Corredor da Mata”. As ações desse ano foram responsáveis pela implantação do corredor etnoecológico Maturembá, que possibilitou a conexão de duas importantes Unidades de Conservação: o Parque Nacional do Descobrimento e o Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal.
Firmamos outras importantes parcerias, com o International Finance Corporation (IFC), para implantação de parte do corredor Cerrado, com a Conservação Internacional (CI Brasil) para ações estratégicas vinculadas aos três corredores e com a Rainforest Alliance para implantação de trechos do corredor Amazônia.
Em linha com a geração de valor a partir da conservação de biodiversidade, entregamos 3 viveiros comunitários no corredor Amazônia, capacitamos o grupo coletor de sementes dos assentamentos Mutum e Avaré no corredor Cerrado e entregamos uma casa de sementes para a cooperativa Copyguá no corredor Mata Atlântica, com intuito de melhorar o armazenamento e consequentemente a vida útil comercial das sementes apoiando a geração de renda das comunidades coletoras
Já no que tange a criação de redes de áreas protegidas, protocolamos duas solicitações de criação de Reservas Particular do Patrimônio Natural (RPPN) em áreas da Suzano abrangidas pelos corredores de Amazônia e Mata Atlântica. Essas áreas foram identificadas como de alto potencial de conservação para a biodiversidade pelos monitoramentos realizados pela empresa e importância no contexto da paisagem.
Tivemos ótimos avanços nos monitoramentos de biodiversidade, finalizando as campanhas de coleta de dados de gravadores autônomos, que registram sons da fauna, e DNA ambiental, que gerarão informações sobre as espécies . Além disso, fizemos a primeira campanha de primatas no corredor Amazônia e Mata Atlântica, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e o Instituto Bicho do Mato, respectivamente. Os resultados apontaram a presença das espécies de primatas chaves definidas para monitoramento nesses corredores. Realizamos também a primeira campanha de palmeiras na Mata Atlântica em parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).        

Acompanhamento do kpi
20202021202220232024Total acumulado
ha ha ha ha ha ha

Áreas conectadas

0,00

0,00

130,40

55.654,45

102.104,27

157.889,12

O que faremos em 2025

Para o ano de 2025, continuaremos implantando trechos de corredores ecológicos, através da implantação de áreas de restauração ecológica e manejo produtivo sustentável, dentro e fora de fazendas da Suzano. Para tanto, daremos continuidade aos engajamentos de áreas de terceiros através dos nossos parceiros implementadores nos territórios.
Na linha de estabelecer modelos de negócio que gerem valor compartilhado, fomentaremos a ampliação da rede de sementes no corredor Cerrado por meio da parceria com Flor do Cerrado e no corredor Mata Atlântica com o Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (CEDAGRO). 
Daremos continuidade as campanhas de primatas e palmeiras com prioridade para aqueles corredores que ainda não tiveram a primeira campanha no ano anterior. Também continuaremos buscando oportunidades de criação de reservas em propriedades da Suzano de terceiros. 
Por fim, entre outras ações, daremos continuidade às atividades de engajamento e investimentos de restauração em áreas de terceiros – além das áreas próprias da Suzano – , buscando firmar novas parcerias para alavancar recursos e fortalecer a conservação dos corredores a longo prazo.        

  1. As áreas protegidas são as Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal preconizadas no código florestal brasileiro como áreas de vegetação nativa. Entretando, em algumas situações essas áreas estão degradadas e realizamos ações de restauração ecológica.        

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