Garantir o ciclo de renovação da água é essencial para a vida no planeta e para o nosso processo produtivo. As florestas de eucalipto e as nativas têm um papel importante nesse ciclo. Nossas florestas alcançam mais de 2 milhões de hectares no Brasil, e sabemos que alguns territórios estão sujeitos à falta de água por características naturais. O esforço de cuidar desse recurso é responsabilidade de todos.

Realizamos o mapeamento de todas as bacias hidrográficas em que a Suzano atua e selecionamos três critérios principais para a classificação das críticas: dados históricos de monitoramento hidrológico, ocorrências de reclamações pelas comunidades da região e relevância da ocupação da empresa na bacia. Foram selecionadas 44 bacias hidrográficas críticas1 e realizou-se um diagnóstico para cada bacia, com as recomendações técnicas de ações de manejo que impactam diretamente o balaço hídrico. Entre as principais, destacamos a desmobilização que prevê o encerramento das operações da Suzano em algumas áreas, a aplicação de mosaico de idades para reduzir a pressão da demanda de água e a redução da densidade de plantio, que diminui o número de árvores em uma mesma área. Dessa forma, a companhia assumiu como compromisso antecipar e aplicar medidas locais mitigadoras e/ou transformadoras como prevenção aos eventos de restrição hídrica.

Execução das recomendações de manejo florestal em áreas de plantio da Suzano, com o objetivo de viabilizar o aumento da disponibilidade hídrica nas 44 bacias hidrográficas classificadas como críticas. Trata-se de um total do qual totalizam 88.400 hectares, nos quais nossas operações estão inseridas.

Implementar ações de manejo florestal² visando o aumento da disponibilidade hídrica nas bacias mapeadas como críticas até 2030.

Em 2023, atingimos 8,7% das bacias hidrográficas críticas manejadas conforme as recomendações técnicas para aumentar a disponibilidade hídrica, um avanço de 0,5 ponto percentual em relação ao ano anterior.

Ao longo do ano, tivemos uma redução no ritmo de produção da companhia em comparação com sua capacidade produtiva nominal, demandando adequações nas ações de manejo nas áreas planejadas para a evolução da meta.

Ainda assim, apesar do cenário exposto, conseguimos implementar ações de manejo em cerca de 370 hectares, com foco em redução de densidade de árvores, o que contribui para o aumento da disponibilidade hídrica local. Ainda, trabalhamos no desenvolvimento de projetos de mensuração de uso da água por meio de modelos estatísticos e sensoriamento remoto, o que deve colaborar para a otimização do monitoramento hídrico nas diferentes bacias em que atuamos.

Em 2024, as principais ações planejadas são: 

1. implementação do manejo de mosaico de idade nas áreas planejadas para tal
2. continuidade da execução dos projetos de pesquisa e desenvolvimento para ampliar a precisão das ferramentas de checagem da evolução das ações de manejo adotadas (modelagem processual e satélite)
3. instalação em campo (in situ) de checkpoints para monitoramento hídrico nas bacias hidrográficas consideradas críticas. 

Todas as ações contribuem, direta ou indiretamente, para avançarmos rumo ao nosso objetivo de aumentar a disponibilidade hídrica em nossas áreas de atuação, considerando bacias onde há risco de escassez hídrica.