A Suzano entende que a restauração ecológica é um compromisso e uma responsabilidade da empresa nas regiões onde atua. A fim de atender aos requisitos legais e das certificações e aos compromissos voluntários, a companhia realiza, desde 2010, o Programa de Restauração Ecológica, que contempla os biomas da Amazônia, do Cerrado e da Mata Atlântica, atuando em todas as suas unidades de negócios florestais.
Muitos projetos exemplares têm sido implementados para restaurar áreas degradadas no Brasil. No caso da Suzano, que é uma das maiores empresas de papel e celulose do país, investimos em projetos de replantio e recuperação de nossas áreas degradadas. O Programa de Restauração Ecológica da companhia busca ampliar significativamente a conectividade entre os fragmentos florestais existentes, promover a formação de redes de áreas de conservação ecologicamente representativas em todos os territórios onde está implementado e garantir o atendimento legal de propriedades rurais que são incluídas em seu processo produtivo.
Em 2020, o Programa de Restauração Ecológica da Suzano foi reconhecido pela ONU como um dos 15 projetos mais transformadores do Brasil em sustentabilidade econômica, social e ambiental. O case apresentado também foi selecionado como um dos seis destaques entre mais de 5 mil inscritos. A seleção foi realizada por especialistas em desenvolvimento sustentável da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), vinculada à ONU, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do governo federal. No total, o grupo avaliou 131 estudos, dos quais 66 casos foram escolhidos para compor o repositório “Big Push para a Sustentabilidade”. O programa da Suzano ainda foi reconhecido como uma boa prática alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, e passou a integrar a publicação Inspiring Examples to Drive Change.
O Programa promove a melhoria dos serviços ecossistêmicos, tais como fornecimento e purificação da água, controle biológico de pragas e doenças, regulação climática local e regional, melhoria da qualidade do ar, sequestro e armazenamento de carbono e polinização. Para mais detalhes, acesse o indicador “Otimização de oportunidades de serviços ecossistêmicos fornecidos por áreas florestais“.
As diretrizes gerais e os procedimentos do Programa de Restauração Ecológica estão definidos no Manual de Gestão de Restauração Ecológica da Suzano, descritos em planejamento, diagnóstico, implantação, manutenção e monitoramento.
O planejamento das áreas a restaurar é definido com base em prazos legais de condicionantes de licenças, Termos de Compromisso de Restauração Ambiental (TCRA) e Planos de Restauração de Áreas Degradadas (PRAD), e da logística de operações e/ou proximidade das fazendas.
Na etapa de diagnóstico, ocorre a caracterização da situação ambiental e de uso da terra de cada área. Pode ser realizada em campo e/ou por meio de técnicas de sensoriamento remoto, empregando-se drones, imagens de satélite e Lidar (do inglês Light Detection and Ranging), entre outras tecnologias. A partir do resultado, é realizada a avaliação do potencial de resiliência das áreas para embasar a escolha do método de implantação apropriado para cada área.
É na fase de implantação que ocorrem as atividades para que uma área passe a ser considerada ”em processo de restauração”. O método a ser aplicado é determinado na fase de diagnóstico, e é definido com base no nível de degradação da área, sua capacidade de autorregeneração e na identificação e manejo dos seus fatores de degradação.
Para realizar os processos de restauração de forma eficiente e consistente, a Suzano está continuamente em busca de recomendações técnicas que garantam o sucesso na recuperação de nossas áreas. Com base nessas recomendações, revisamos constantemente nossas listas técnicas de manejo. A metodologia de restauração adotada varia conforme o nível de degradação da área e sua capacidade de autorregeneração (potencial de resiliência).
As metodologias passíveis a serem realizadas são:
A fase de manutenção abrange um conjunto de tratos culturais para garantir a sobrevivência das plantas regenerantes ou derivadas de sementes ou mudas. Nesta fase, podem ocorrer atividades como adubação de plantio, capina química e roçadas. As atividades a serem realizadas são definidas durante a fase de monitoramento.
Visando corrigir a trajetória ecológica da área após a detecção de um indicador não satisfatório, bem como o aprimoramento das técnicas e metodologias empregadas, a Suzano possui um plano de monitoramento das áreas de restauração estruturado em dois tipos: monitoramento operacional (ou silvicultural) e monitoramento ecológico.
O monitoramento operacional visa assegurar o padrão de qualidade das operações desenvolvidas. Inclui medidas de qualidade de mudas nativas, sobrevivência de plantio, monitoramento de plantas daninhas e formigas e de qualidade operacional da implantação (preparo do solo, plantio e resultado da aplicação de herbicidas).
Já o monitoramento ecológico tem o objetivo de avaliar os atributos ecológicos das áreas em processo de restauração, a fim de verificar se há necessidade de realização de atividades de manejo adaptativo (plantios de adensamento, enriquecimento e outras) para correção da trajetória ecológica local, bem como para indicar o quanto estas podem ser consideradas “restauradas”. Serão consideradas restauradas as áreas de blocos amostrais onde sejam atingidos valores de referência para restauração definidos nas legislações estaduais ou em padrão da empresa, que também pode considerar, além dos parâmetros previamente descritos, indicadores de paisagem.
Assim, o Programa de Restauração Ecológica da Suzano tem contribuído para o aumento da cobertura de vegetação nativa no Brasil e para a redução de impactos ambientais, bem como para a capacidade adaptativa desses ambientes às mudanças climáticas.
Nas tabelas abaixo estão disponíveis os seguintes dados:
2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | |
---|---|---|---|---|---|
Espírito Santo/Bahia |
204,40 |
221,56 |
238,40 |
254,86 |
278,75 |
Maranhão² |
1,23 |
1,23 |
1,84 |
2,88 |
10,57 |
Mato Grosso do Sul |
6,38 |
6,38 |
9,27 |
9,98 |
12,62 |
São Paulo |
118,16 |
121,72 |
124,04 |
128,80 |
146,39 |
Total |
330,17 |
350,89 |
373,55 |
396,51 |
448,32 |
2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | |
---|---|---|---|---|---|
número total | número total | número total | número total | número total | |
Espírito Santo/Bahia |
9.980.217 |
10.762.147 |
11.646.054 |
12.864.926 |
14.244.037 |
Maranhão |
15.200 |
15.200 |
15.700 |
17.200 |
19.200 |
Mato Grosso do Sul |
49.800 |
49.800 |
50.897 |
56.444 |
88.544 |
São Paulo |
390.000 |
390.000 |
390.000 |
390.000 |
395.900 |
Total |
10.435.217 |
11.217.147 |
12.102.651 |
13.328.570 |
14.747.681 |
2020 | 2021 | 2022 | 2023 | 2024 | |
---|---|---|---|---|---|
Espírito Santo/Bahia |
2,10 |
17,16 |
16,85 |
16,45 |
23,89 |
Maranhão |
0,00 |
0,00 |
0,61 |
1,04 |
7,69 |
Mato Grosso do Sul |
0,00 |
0,00 |
2,89 |
0,71 |
2,64 |
São Paulo |
2,88 |
3,56 |
2,32 |
4,76 |
17,59 |
Total |
4,99 |
20,72 |
22,67 |
22,95 |
51,81 |