contexto

As emissões diretas da Suzano (escopo 1) estão relacionadas majoritariamente ao consumo de combustíveis fósseis nos equipamentos estacionários das unidades industriais, assim como de combustíveis utilizados em veículos nas unidades florestais.

Em 2024, duas novas unidades entraram para a operação Suzano, Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul e Suzano Packaging, nos Estados Unidos da América. O start do nosso Projeto Cerrado em Ribas e a incorporação da nossa primeira planta internacional acarretaram um aumento de 5% nas nossas emissões de Escopo 1. É importante, ressaltar que, de acordo com o GHG Protocol, toda a emissão da operação norte americana no ano de 2024 foi contabilizada dentro do grupo Suzano, e não apenas a emissão posterior a sua incorporação, em 01 de outubro, e foram consideradas também retroativamente nos anos 2022 e 2023, conforme nota complementar 2.

As emissões da categoria de combustão estacionária, que são correlacionadas à geração de eletricidade, calor e vapor e representam 72% do escopo 1,  aumentaram em 6,9%. Esse aumento é diretamente atrelado as novas unidades da Suzano.

Na categoria móvel, que representa 21% do escopo 1, tivemos aumento de emissões resultantes principalmente devido ao início da operação de Ribas que gera uma maior demanda de madeira, principalmente de colheita e logística, dentro das nossas operação. Na categoria de emissões agrícolas, que representam 7% do escopo 1, resíduos, que representam 1%, e fugitivas, que representam 1%, teve-se redução de emissões em razão do menor volume de plantio e estabilização expansão de base florestal. 

As emissões negativas de processos industriais estão relacionadas às emissões recuperadas nas plantas de precipitação de carbonato de cálcio (CaCO₃), ou PCC, o que contribuiu para a redução das emissões do escopo aqui discutido, visto que, nos processos industriais, há consumo de dióxido de carbono (CO₂) na PCC. No processamento físico-químico, ocorrem remoções decorrentes do processo de precipitação do CaCO₃, insumo utilizado no processo industrial, ou seja, há consumo de CO₂ na PCC. A redução nessa categoria deu-se pela diminuição da exportação de CO₂ realizada pelas fábricas da Suzano .

As emissões de efluentes não foram reportadas em 2024, pois o tratamento aeróbico de efluentes em fábricas de celulose gera pouca emissão de metano e não é considerado pela metodologia.

Para saber mais sobre a gestão de emissões de gases de efeito estufa (GEE), acesse “Emissões de gases de efeito estufa (GEE) e metodologia”.

Nas tabelas abaixo estão as seguintes informações:

  • Emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1), por tipo;
  • Emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1), por categoria.

Emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1), por tipo¹

202220232024
tCO₂e tCO₂e tCO₂e

Geração de eletricidade, calor ou vapor

1.788.872,28

1.700.795,49

1.818.904,88

Processamento físico-químico

-46.551,54

-43.925,77

-39.118,04

Transporte de materiais, produtos, resíduos e pessoas

535.308,38

512.155,10

521.095,86

Total

2.277.629,11

2.169.024,82

2.300.882,71

  1. O indicador contempla os seguintes gases: dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄), óxido nitroso (N₂O) e hidrofluorcarbonetos (HFCs). Não são contempladas as seguintes categorias de escopo 1: emissões agrícolas, emissões de tratamento de resíduos e emissões fugitivas.

Emissões diretas de gases de efeito estufa (escopo 1), por categoria¹

202220232024
Total de emissõesPercentual de representatividade no escopo 1Total de emissõesPercentual de representatividade no escopo 1Total de emissõesPercentual de representatividade no escopo 1
tCO₂e % tCO₂e % tCO₂e %

Combustão estacionária

1.788.872,28

71,75%

1.700.795,49

70,38%

1.818.904,88

71,79%

Combustão móvel

535.308,38

21,47%

512.155,10

21,19%

521.095,86

20,57%

Agrícolas

172.295,37

6,91%

198.649,68

8,22%

186.770,85

7,37%

Resíduos

40.703,06

1,63%

42.095,74

1,74%

29.758,62

1,17%

Efluentes

0,00

0,00%

0,00

0,00%

0,00

0,00%

Fugitivas

2.506,08

0,10%

6.649,00

0,28%

16.204,44

0,64%

Processos industriais

-46.551,54

-1,87%

-43.925,77

-1,82%

-39.118,04

-1,54%

Total

2.493.133,62

100,00%

2.416.419,24

100,00%

2.533.616,62

100,00%

  1. O indicador contempla os seguintes gases: dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄), óxido nitroso (N₂O) e hidrofluorcarbonetos (HFCs). Não são contempladas as seguintes categorias de escopo 1: emissões agrícolas, emissões de tratamento de resíduos e emissões fugitivas.

Informações complementares

  1. O relato de emissões de GEE da Suzano é realizado a partir da abordagem de controle operacional. Utilizar a abordagem operacional no nosso inventário nos permite ter uma visão clara dos nossos impactos e responsabilidade. Além disso, essa abordagem nos possibilita trabalharmos metas e métricas com as áreas de atuação, implementando estratégias de mitigação eficazes. A metodologia do GHG Protocol é aplicada pela Suzano para calcular e apresentar as emissões de GEE de cada uma das subsidiárias durante todo o ano relatado, independentemente do momento da incorporação financeira;
  2. O ano-base de 2015 foi escolhido em referência ao Acordo de Paris. Ele visa mapear o impacto de projetos de redução de emissões nas principais frentes operacionais, além de processos internos de gestão e governança para alavancar a aprovação desses projetos e incluir o carbono em tomadas de decisão na companhia. Revisamos os métodos de cálculo do Inventário de GEE seguindo a metodologia do GHG Protocol e da ISO 14.064. Essas alterações culminaram na alteração dos resultados de escopos 1, 2 no ano base (2015) e nos anos 2022 e 2023, além do resultado de 2024. Essa revisão foi baseada em melhoria contínua e aprimoramentos metodológicos, como atualização dos índices de GWP referentes ao Quinto Relatório de Avaliação (AR5) do IPCC, aprimoramentos em fatores de emissão de fontes do escopo 1, e ampliação da contabilização das categorias materiais e aplicáveis do escopo 3;
  3. A seleção das metodologias de quantificação, coleta de dados e uso de fatores de emissões é feita com base nas recomendações da norma ABNT NBR ISO 14064-1 (ABNT, 2007). Para a elaboração do inventário de ano-base 2024, também foram utilizadas as seguintes referências metodológicas:

•             The Greenhouse Gas Protocol: A Corporate Accounting and Reporting Standard, do World Resources Institute (WRI) e do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) (2004);

•             Guias, orientações e ferramentas de cálculo do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHGP), da Fundação Getulio Vargas (2023);

•             IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês – 2006);

•             Calculation Tools for Estimating Greenhouse Gas Emissions from Pulp and Paper Mills, do National Council for Air and Stream Improvement (NCASI – 2005).

Conforme os princípios para a realização de inventários de GEE, foram considerados, sempre que possível, dados de medições e fatores de emissões mais próximos da realidade local. Buscamos evitar o uso de premissas e dados secundários, dando ênfase a dados primários das nossas operações, o que nos permite ter um acompanhamento real e fidedigno das práticas de descarbonização da empresa. A contabilização de emissões de GEE para o Inventário de Emissões de Gases de Efeitos Estufa divulgado no Registro Público do Programa Brasileiro GHG Protocol é regularmente verificada/auditada por terceira parte independente.

4. As emissões do Escopo 1 são definidas e calculadas de acordo com a metodologia contida no The Greenhouse Gas Protocol: A Corporate Accounting and Reporting Standard (GHG Protocol), Edição Revisada, março de 2004, publicado pelo World Resources Institute e o World Business Council on Desenvolvimento Sustentável (WRI/WBCSD).