contexto

Performance no descarte de efluentes

O descarte total de efluentes na categoria de águas superficiais teve uma redução de 3% em comparação com o ano anterior. Já em água do mar, a variação foi mínima entre os últimos dois anos. Em 2023, tivemos algumas instabilidades nos processos, que acarretaram uma redução no volume de efluentes. O descarte específico saiu de 22,4 m³/t em 2022 para 22,9 m³/t em 2023.
 

Qualidade do efluente

De modo geral, as substâncias prioritárias que suscitam preocupação são determinadas por exigências dos órgãos ambientais ou necessidades de controle inerentes à região onde o processo industrial está instalado. Decidimos divulgar aos nossos stakeholders externos os parâmetros de análise de efluentes estabelecidos como referência na metodologia internacional sobre o setor de papel e celulose do Integrated Pollution, Prevention and Control (IPPC), da Comissão Europeia (2015). Em seguida, serão apresentadas as performances de cada parâmetro, bem como um comparativo da performance da Suzano e valores de referência do IPPC.
 

Performance DBO

Em 2023, a carga de Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) da Suzano foi de 7.330,7 toneladas, o que representou um aumento de 13% em relação à carga reportada em 2022 (6.485,5 toneladas). A unidade de Três Lagoas foi a principal responsável pelo aumento, pois precisou fazer algumas adequações no tempo de detenção hidráulica da lagoa de polimento, o que provocou um aumento de 30% em relação ao ciclo anterior. Entretanto, essa questão não impactou significativamente o indicador específico, que saiu de 0,6 kg/t para 0,7 kg/t e manteve-se dentro dos padrões internacionais de referência: entre 0,3 e 1,5 kg/t, estabelecidos pelo IPPC.
 

Performance DQO

Em 2023, a carga de Demanda Química de Oxigênio (DQO) da Suzano foi de 69.325,1 toneladas, o que representou uma redução de 7% em comparação com a carga reportada em 2022 (74.315,7 toneladas). O indicador específico manteve-se em linha com o ciclo anterior, saindo de 6,5 kg/t em 2022 para 6,4 kg/t em 2023. O valor está abaixo da meta estabelecida nas unidades industriais (7,00 kg/t) e segue dentro dos padrões internacionais de referência: entre 8,00 e 23,00 kg/t, estabelecidos pelo IPPC.
 

Performance SST

Em 2023, a carga de Sólidos Suspensos Totais (SST) da Suzano foi de 8.817,9 toneladas, o que representou um aumento de 4% em relação à carga reportada em 2022 (8.480,3 toneladas). O indicador específico manteve-se em linha com o ciclo anterior, saindo de 0,7 kg/t em 2022 para 0,8 kg/t em 2023. Os resultados estão na faixa de referência dos padrões internacionais estabelecidos pelo IPPC, que aponta como melhores desempenhos os resultados entre 0,6 e 1,5 kg/t.
 

Performance AOX

Em 2023, houve uma redução de 10% da carga de compostos organo-halogenados (AOX, em inglês) em comparação com 2022, saindo de 490,0 toneladas para 439,8 toneladas. Observamos uma estabilidade no indicador específico, que se manteve em 0,04 kg/t nos últimos dois anos. O valor está muito abaixo do mínimo de referência dos padrões internacionais (até 2,5 kg/t), estabelecidos pelo IPPC, e dos padrões mais restritivos (até 0,16 kg/t), como aqueles definidos na Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Usepa, em inglês) e a meta estabelecida internamente (igual ou abaixo de 0,15 kg/t).

Ressaltamos que a Suzano não utiliza em suas operações cloro elementar para o branqueamento da celulose. As nossas operações usam tecnologia Elemental Chlorine Free (ECF), e a fábrica de Jacareí também possui tecnologia Total Chlorine Free (TCF).

 

Performance Fósforo

Em 2023, a carga de fósforo da Suzano foi de 284,5 toneladas, ficando em linha com a carga reportada em 2021 (281,7 toneladas). Observamos um aumento de 33% no indicador específico, que foi de 0,02 kg/t para 0,03 kg/t. Os resultados estão na faixa de variação de referência dos padrões internacionais estabelecidos pelo IPPC, que aponta como melhores desempenhos os resultados entre 0,01 e 0,03 kg/t. 
 

Performance Nitrogênio

Em 2023, houve uma redução de 10% na carga de nitrogênio em comparação com 2022, saindo de 1.213,1 toneladas para 1.089,0 toneladas. Observamos uma estabilidade no indicador específico, que se manteve em 0,10 kg/t. Os resultados estão na faixa de referência dos padrões internacionais estabelecidos pelo IPPC, que aponta como melhores desempenhos os resultados entre 0,10 e 0,25 kg/t.
 

Nas tabelas abaixo estão disponíveis as seguintes informações:

  • Descarte total de água por fonte;
  • Demanda bioquímica/biológica direta de oxigênio (DBO) em efluentes;
  • Demanda química direta de oxigênio (DQO) em efluentes;
  • Presença de sólidos suspensos totais em efluentes;
  • Presença de AOX em efluentes;
  • Presença de fósforo total em efluentes;
  • Presença de nitrogênio total em efluentes.

Descarte total de água por fonte

2020¹2021¹20222023
TotalEm áreas de estresse hídrico²TotalEm áreas de estresse hídrico²TotalEm áreas de estresse hídrico²TotalEm áreas de estresse hídrico²

Águas superficiais

174.723.236,65

23.303.984,81

173.135.366,05

23.247.908,59

173.195.872,33

22.765.500,30

194.665.634,00

0,00

Água do mar³

51.049.305,24

0,00

56.620.327,24

0,00

58.876.216,66

0,00

58.791.347,00

0,00

Água de terceiros(as)⁴

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

n/d

3.676,80

1.277,60

Total

225.772.541,89

23.303.984,81

229.755.693,29

23.247.908,59

232.072.088,99

22.765.500,30

253.460.657,80

1.277,60

  1. A categoria de águas superficiais abrange águas doces, ou seja, com sólidos dissolvidos totais ≤1.000 mg/L.
  2. Até 2022, a cidade de Suzano (SP) foi classificada como área de estresse hídrico pelo Aqueduct Water Risk Analysis. Portanto, os valores das unidades de Suzano e Rio Verde foram enquadrados nessa categoria de 2020 a 2022. Em 2023, foi feita uma revisão, e apenas Maracanaú (CE) foi classificada em área de estresse hídrico pela mesma ferramenta.
  3. A unidade de Aracruz (ES) possui um emissário submarino e descarta efluente no mar.
  4. As unidades de Maracanaú e Cachoeiro de Itapemirim (ES) utilizam água, apenas para as atividades administrativas, proveniente da concessionária de água do município. Dessa forma, em 2023 passamos a reportar a água utilizada por essas unidades nessa categoria. Nos anos anteriores, esses dados foram reportados em água superficiais. 

Demanda bioquímica/biológica direta de oxigênio (DBO) em efluentes

2020202120222023
média média média média

Toneladas

4.780,39

6.384,70

6.485,49

7.330,70

mg/L

18,57

25,24

25,45

37,70

kg/t

0,46

0,57

0,57

0,70

Demanda química direta de oxigênio (DQO) em efluentes

2020202120222023
média média média média

Toneladas

72.609,80

74.486,64

74.315,66

69.325,10

mg/L

282,12

294,41

291,62

356,10

kg/t

6,95

6,65

6,53

6,40

Presença de sólidos suspensos totais em efluentes

2020202120222023
média média média média

Toneladas

8.227,09

8.396,76

8.480,34

8.817,90

mg/L

31,97

33,19

33,28

45,30

kg/t

0,79

0,75

0,75

0,80

Presença de AOX em efluentes

2020202120222023
média média média média

Toneladas

556,46

522,18

490,01

439,80

mg/L

2,16

2,06

1,92

2,30

kg/t

0,05

0,05

0,04

0,04

Presença de fósforo total em efluentes

2020202120222023
média média média média

Toneladas

336,48

284,96

281,72

284,50

mg/L

1,31

1,13

1,11

1,50

kg/t

0,03

0,03

0,02

0,03

Presença de nitrogênio total em efluentes

2020202120222023
média média média média

Toneladas

1.309,30

1.066,03

1.213,01

1.089,00

mg/L

5,09

4,21

4,76

5,60

kg/t

0,13

0,10

0,11

0,10