contexto

Todos os hábitats naturais contêm valores ou funções ambientais e sociais, seja na provisão de alimentos e/ou água, na regulação climática ou em seu significado ecológico, cultural e econômico. Quando esses valores são considerados de caráter excepcional ou de importância crítica, a área pode ser definida como uma Área de Alto Valor de Conservação (AAVC). O conceito de Alto Valor de Conservação (AVC) foi desenvolvido pela primeira vez pelo Forest Stewardship Council (FSC), como parte de seu Padrão (Princípio 9) para assegurar a manutenção de valores sociais e ambientais significativos ou críticos no contexto da certificação florestal, e tem se mostrado útil na identificação e manejo de valores ambientais e sociais em paisagens produtivas.

A Suzano utiliza como referência os critérios de atributos baseados e adaptados do Guia geral para identificação de Altos Valores de Conservação (do HCV Resource Network), de 2018¹. AAVCs são áreas nas quais se reconhecem os atributos, como diversidade de espécies com ocorrência de espécies endêmicas, ameaçadas ou em perigo de extinção; mosaicos em nível de paisagem considerando áreas extensas de florestas bem conservadas; áreas inseridas ou que contenham ecossistemas e hábitats raros ou ameaçados; e prestação de serviços ambientais, entre outros (incluindo características socioculturais). 

Além disso, a empresa possui áreas de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que é uma categoria particular brasileira de Unidade de Conservação [definida pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC)], criada voluntariamente e de caráter perpétuo, ora na instância federal, ora na estadual. Visando majoritariamente à conservação da natureza, essas reservas particulares protegem os remanescentes de floresta nativa e recursos hídricos, além de fomentarem o desenvolvimento de estudos científicos e atividades de educação ambiental e vivência no ambiente natural. 

Para controlar as ameaças aos atributos, a Suzano executa um conjunto integrado de medidas de proteção e monitoramento ambiental, entre as quais se destacam: 

  • Política de Suprimentos de Madeira: Compromisso com o Desmatamento Zero e adoção de melhores práticas de manejo florestal; 
  • Política Corporativa de Gestão Ambiental: avaliação de riscos e determinação de medidas de prevenção, mitigação, adaptação, restauração e compensação de impactos adversos;
  • Monitoramentos de flora e fauna
  • Restauração ecológica para a formação de corredores conectando remanescentes de vegetação nativa;
  • Rondas periódicas com equipe especializada na identificação das ocorrências socioambientais e intensificação de ronda realizada pela vigilância patrimonial;
  • Brigadas de combate a incêndios treinadas e equipamentos de monitoramento em todas as unidades de operação da empresa;
  • Manutenção de aceiros e instalação de placas de identificação e orientação sobre práticas ilegais.

Na tabela abaixo é possível saber qual é o tamanho da AAVC por região do país onde a Suzano atua.

 

Nota:

  1. Acesse o documento completo neste link.

 

Área de Alto Valor de Conservação (AAVC) por unidade de manejo florestal¹

20202021²20222023³

São Paulo

4.879,71

9.360,65

10.620,90

10.634,12

Mato Grosso do Sul

6.968,00

11.330,08

11.330,08

11.334,55

Espírito Santo-Bahia

20.213,64

19.986,05

18.965,02

17.941,75

Maranhão

25.335,37

53.524,32

52.677,60

52.846,75

Total consolidado

57.795,38

94.201,10

93.593,60

92.757,17

  1. Este indicador considera as AAVCs de acordo com o Guia geral para identificação de Altos Valores de Conservação. Nessas áreas, possuímos os mais diversos tipos de vegetação – tais como florestas, restingas, muçunungas e áreas úmidas (manguezais, brejos etc.) –, que abrigam espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, além de haver sobreposição com RPPNs.
  2. Em 2021, a Suzano estabeleceu um padrão corporativo de métodos e critérios para identificar os atributos ambientais e, assim, revisar e determinar as AAVCs em todas as suas regiões de atuação. Em decorrência disso, houve um aumento significativo de mais de 30 mil hectares de AAVCs nas unidades florestais. 
  3. A variação do número em 2023 se deve ao resultado dos estudos de reavaliação de AAVCs e ao vencimento de contratos de arrendamento de áreas que possuíam AAVCs sob gestão da Suzano.