contexto

O uso de agroquímicos na Suzano se dá no combate a fatores que reduzem ou limitam a produção do eucalipto, tais como pragas (como insetos e ácaros), doenças (ocasionadas por microrganismos e fatores de estresse) e plantas daninhas (espécies vegetais que competem por espaço, água, luz e nutrientes). 

Para cada alvo biológico, realizamos o que chamamos de manejo integrado, a partir do qual buscamos conhecer o alvo a ser controlado e desenvolver ferramentas para a detecção e o monitoramento populacional, avaliando questões como incidência e severidade de cada infestação. 

Com base nesse monitoramento, realizamos o controle do alvo, seja por estratégia biológica, genética, física, cultural ou química, priorizando, sempre que possível, o controle biológico e genético. As recomendações de utilização de agroquímicos são feitas por uma equipe especializada, com base no atendimento às políticas nacionais, internacionais e das certificadoras. A utilização de agroquímicos é realizada pelas equipes operacionais, que geram indicadores relativos ao uso desse tipo de insumo na companhia, avaliados anualmente por auditores externos. 

Seguimos rigorosamente a Política de Pesticidas do Forest Stewardship Council® (FSC®)¹ e a Política de Agrotóxicos PEFC/Cerflor (Programa Brasileiro de Certificação Florestal), que dispõem de regras próprias sobre o uso de agroquímicos. Obedecemos também à legislação brasileira vigente que regulamenta o registro e o uso dos agroquímicos no país, a qual conta com a participação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa – Ministério da Saúde) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama – Ministério do Meio Ambiente).

Fazemos parte de outras iniciativas que trabalham de maneira técnica com a questão do uso responsável de agroquímicos, incluindo: 

  • Programa de Pesquisa em Proteção Florestal (Protef): vinculado ao Instituto de Pesquisas Florestais (Ipef), tem como enfoque o manejo sustentável de pragas, doenças e plantas daninhas; 
  • Comitê de Defesa Florestal da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá): grupo de empresas do setor florestal que discutem assuntos e alinham estratégias de posicionamento técnico referentes à política de químicos do Mapa, proporcionando um ambiente para discussões e avanços sobre esse tema; 
  • Projetos de pesquisa: parcerias com diferentes universidades e institutos de pesquisa renomados no Brasil e no exterior, com trabalhos relacionados ao manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas [ex.: Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e Clonar – vinculada à incubadora de empresas da UFV]. 

Temos o compromisso de manter embasamento técnico por trás de nossas recomendações que envolvem o uso de agroquímicos. Por isso, qualquer produto usado em nossas atividades deve constar em lista técnica revisada e gerida por profissional habilitado e designado para tal. Essa lista possui todos os agroquímicos que são liberados para uso na Suzano – mediante as políticas que seguimos – e, quando ela é atualizada em sistema, um comunicado é feito à pessoa responsável pela aquisição desse tipo de insumo na empresa. 

Sempre que possível, buscamos expandir a aplicação de técnicas de controle biológico de pragas, assim como o controle genético por seleção de clones de eucalipto que apresentem certo nível de resistência a pragas e doenças. Assim, tendo em vista que fatores do ambiente (tais como temperatura, umidade e ocorrência de incêndios) podem favorecer ou dificultar o controle biológico, avaliamos qual método de controle é o mais adequado para cada cenário de campo e cada alvo a ser controlado.

Como resultado dessas ações, em 2024 atingimos a produção de 364,7 milhões de biocontroladores, liberados em 496 mil hectares. No que se refere ao controle genético, no mesmo ano avaliamos a resistência a doenças e pragas em potenciais novos clones e mudas originadas de diferentes progênies. 

Em 2024, continuamos as ações de 2023 no investimento em pessoas e infraestrutura, o que nos permitiu ampliar as estratégias preventivas de controle genético (Projeto FenomicS) e biológico (Projeto Biocontrol). Ademais, tornamos operacionais e dinâmicos os alertas de risco de algumas pragas e doenças, proporcionando uma tomada de decisão mais ágil e direcionada, o que permitirá atuar no controle dessas enfermidades em surtos menores. 


Nota:

  1. Códigos de licença: Manejo Florestal BA – FSC-C155943; Manejo Florestal ES – FSC-C110130; Manejo Florestal MS – FSC-C100704; Manejo Florestal MA – FSC-C118283; Manejo Florestal SP – FSC-C009927.