Gestão do relacionamento com as comunidades locais e presença em fóruns de participação social e de gestão de políticas públicas

contexto

A Suzano se relaciona com as comunidades sob influência de suas operações sempre por meio do diálogo, construindo, em conjunto com as partes interessadas, um modelo de engajamento assertivo por meio da mobilização social. A gestão desse relacionamento é de responsabilidade da área de Desenvolvimento Social, que atua com base nas diretrizes que estão integradas ao Sistema de Gestão da empresa e são baseadas nos Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos, da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os principais mecanismos estão: 

  • Política de Investimentos Socioambientais e Doações;
  • Política de Relacionamento com Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais; 
  • Manual de Gestão de Relacionamento;
  • Manual para Reassentamento Populacional;
  • Procedimento de Relacionamento com Comunidades Urbanas e Rurais;
  • Procedimento de Diálogo Operacional;
  • Procedimento de Gestão de Ocorrências de Partes Interessadas;
  • Procedimento de Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Sociais;
  • Procedimento de Gestão de Demandas Sociais.

Esse modelo de gestão de relacionamento com as comunidades é baseado em: diálogo transparente, respeito aos direitos, valores sociais e culturais, e reconhecimento do protagonismo e da autonomia dos atores locais. Nesse sentido, a consulta às comunidades é um processo contínuo, sendo dimensionado e planejado localmente, de acordo com as seguintes diretrizes: 

  • Engajar as partes interessadas, encorajando um processo integrado de tomada de decisão que irá criar vínculos de longo prazo e valor para todos(as);
  • Incorporar informações e demandas socioambientais das comunidades nos processos decisórios da Suzano;
  • Ter mecanismos de planejamento e monitoramento para identificar, evitar e mitigar os impactos adversos de atividades florestais, garantindo o respeito aos valores sociais e culturais das comunidades residentes nas áreas diretamente afetadas por nossas operações;
  • Avaliar resultados e impactos socioeconômicos do negócio no longo prazo, por meio de monitoramento contínuo e participativo;
  • Criar mecanismos para a solução de conflitos sociais e culturais decorrentes das atividades florestais, permitindo a livre participação das comunidades;
  • Desenhar estratégias de negócio que visem à inclusão social e à geração de trabalho e renda de comunidades vulneráveis vizinhas às áreas da Suzano; 
  • Fomentar parcerias com o governo e a sociedade para melhorar a educação e promover o desenvolvimento local nas áreas vizinhas às áreas florestais e industriais da empresa;
  • Reconhecer e fortalecer valores culturais e sociais de comunidades tradicionais, povos indígenas e minorias étnicas.

O processo de relacionamento com as comunidades é tema permanente em diferentes níveis de governança da organização, seja no âmbito local, regional ou corporativo. Entre as instâncias nas quais o tema é acompanhado, destacam-se as Comissões de Valor Compartilhado locais e corporativa, que tratam da avaliação reputacional da Suzano a partir da sua relação com stakeholders estratégicos (incluindo comunidades), as Reuniões de Riscos e Continuidade do Negócio (RCNs), que monitoram todos os riscos associados direta ou indiretamente às operações da empresa, incluindo os riscos sociais, e o Comitê de Sustentabilidade, que tem entre suas atribuições avaliar e sugerir aprimoramentos no processo de relacionamento com as comunidades e subsidiar com orientações o Conselho de Administração em decisões relacionadas a esse tema. 

A extensa área de atuação da Suzano abrange variadas realidades econômicas, sociais e culturais, bem como diferentes contextos históricos de relacionamento. Todas as comunidades localizadas no interior do perímetro estabelecido para as Áreas Diretamente Afetadas (raio de até 3 quilômetros de distância a partir dos limites das unidades de manejo florestal) são identificadas e caracterizadas por meio de indicadores socioeconômicos e impactos sociais provocados pelo manejo florestal da empresa. Essa caracterização ocorre por meio do instrumental nomeado Inventário Social, realizado com base na observação direta e na realização de entrevistas com moradores(as) das localidades. 

A partir do Inventário Social, realizam-se a priorização e o planejamento do processo de relacionamento com as comunidades. Por meio de uma Matriz de Priorização, são estabelecidos os modelos de relacionamento com as comunidades por localidade, considerando quatro dimensões: 

  • Vulnerabilidade socioeconômica; 
  • Impacto gerado pelas atividades da empresa; 
  • Contexto municipal;
  • Importância para a empresa (parecer social). 

A Suzano adota os seguintes modelos de relacionamento:

  • Engajamento: é a principal ferramenta de relacionamento com as comunidades vizinhas consideradas prioritárias. Representa um relacionamento estruturado de maior profundidade, inclusivo e contínuo, que estabelece a Suzano como parceira do desenvolvimento local. A sua metodologia considera as especificidades das diferentes realidades e partes interessadas envolvidas, fortalecendo e valorizando o protagonismo de toda a comunidade, o desenvolvimento de lideranças legítimas, a construção de capital social e o resgate da cidadania e da autoestima. Além disso, incentiva e fortalece as redes locais, de forma a promover o diálogo e a solidariedade entre as partes. Conforme a nossa Política de Investimentos Socioambientais e Doações, os investimentos socioambientais da Suzano devem ser resultantes dos processos de engajamento comunitário.
  • Diálogo Operacional: ferramenta de relacionamento na qual a companhia consulta e estabelece acordos com comunidades vizinhas para minimizar e mitigar os impactos de suas operações nas localidades. A Suzano realiza momentos de diálogos com vizinhos e comunidades que estão sob influência antes das operações florestais e, nesses momentos de discussão, expõe todas as ações que se compromete a realizar para evitar ou minimizar os impactos negativos de suas atividades, além de ouvir as demandas e sugestões da comunidade.
  • Presença em fóruns de participação social e de gestão de políticas públicas: buscamos fortalecer o diálogo e as parcerias com governos, empresas, entidades da sociedade civil organizadas e universidades ao participar ativamente, com posições executivas e consultivas, de fóruns e grupos de trabalho, no país e no exterior, que se dedicam a temas relacionados à nossa atuação socioambiental. 

Em todas essas frentes, o objetivo é criar condições para mitigar impactos adversos e contribuir para o desenvolvimento local e territorial das comunidades.

Na tabela abaixo estão alguns dos principais fóruns em que a Suzano possui participação ativa em relação às temáticas de desenvolvimento social e territorial e diálogos nos quais ela está representada.

Presença em fóruns de participação social e de gestão de políticas públicas

FórumTemaPartes interessadas

Plataforma Parceria Pela Amazônia (MA)

Política Pública, Desenvolvimento Territorial e Biodiversidade

Empresa, ONGs, Governo, Academia

Conselho das Quebradeiras de Coco, extrativistas e agricultores familiares da Estrada do Arroz (MA)

Desenvolvimento Territorial

Empresa, Associação

Expo Imperatriz (MA)

Agronegócio

Empresa, ONGs, Governo, Universidade

Expo Indústria (MA)

Agronegócio

Empresa, ONGs, Governo, Universidade

Arraiá da Mira (MA)

Cultura e Agronegócio

Empresa, ONGs, Governo, Rádio

FEAGRO (MA)

Agronegócio

Empresa, Associações, Governo, Universidade

Rede TEMA (MA)

Política Pública e Desenvolvimento Territorial; Biodiversidade

Empresa, ONGs, Governo, Academia

Conselho de Desenvolvimento Territorial do Tocantins (MA)

Desenvolvimento Territorial

Empresa, ONGs, Governo, Ater, Universidade

Conselho de Desenvolvimento Territorial do Sudeste Paraense (MA)

Desenvolvimento Territorial

Empresa, ONGs, Governo, Ater, Universidade

Ecossistema de Inovação Regional - Vale da Celulose de Três Lagoas (MS)

Relacionamento

Instituições públicas, privadas e terceiro setor

Agraer e Sebrae - ref. Avenida Rede de Abastecimento (MS)

Geração de trabalho e renda

Instituição público-privada

AICL - Associação Integra Costa Leste (MS)

Relacionamento

Instituições públicas, privadas e terceiro setor

SEBRAE - MS/SEBRAETEC - Pecuária Leiteira (MS)

Geração de Trabalho, Renda e Relacionamento

Instituição público-privada e comunidades rurais

Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Ribas do Rio Pardo (MS)

Proteção de Direitos

Governo e OSCs

Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Água Clara (MS)

Proteção de Direitos

Governo e OSCs

Conselho Municipal de Assistência Social de Ribas do Rio Pardo - MS (MS)

Proteção de Direitos

Governo e OSCs

Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e Childhood Brasil (MS)

Proteção de Direitos

Instituição pública/OSCIP

Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo (MS)

PBA - Plano Básico Ambiental

Instituição pública

Centro de Referência de Assistência Social de Ribas do Rio Pardo (MS)

Geração de trabalho e renda

Instituição pública

Secretaria de Saúde de Ribas do Rio Pardo (MS)

Saúde e Proteção de Direitos

Instituição pública

SENAR/FAMASUL - ref. Avenida Rede de Abastecimento (MS)

Geração de trabalho e renda

Empresa e Terceiro Setor

Secretaria de Educação de Ribas do Rio Pardo (MS)

Educação

Instituição Pública

Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Ribas do Rio Pardo (MS)

Proteção de Direitos

Instituição Pública

Câmara Setorial Consultiva da Apicultura do MS (MS)

Geração de trabalho e renda

Instituição Pública

Câmara Setorial do Mel Nacional (MS)

Geração de trabalho e renda

Instituição Pública

Coordenadoria Municipal De Políticas Públicas Para Mulheres de Água Clara (MS)

Proteção de Direitos

Governo e OSC's

Prefeitura Municipal de Dois Irmãos do Buriti (MS)

Relacionamento

Instituição pública

Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) (MS)

Relacionamento

Instituição pública

Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MS)

Proteção de Direitos

Instituição pública

Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD) (MS)

Proteção de Direitos

Instituição pública

Reuniões mensais APL Vale do Paraiba (SP)

Desenvolvimento da cadeia apícola

Instituições públicas, privadas e terceiro setor

Reuniões mensais APL Alto Tiete (SP)

Desenvolvimento da cadeia apícola

Instituições públicas, privadas e terceiro setor

Reuniões APL Polo Cuesta (SP)

Desenvolvimento da cadeia apícola

Instituições públicas, privadas e terceiro setor

Reuniões APL Agrotech (SP)

Desenvolvimento da cadeia apícola

Instituições públicas, privadas e terceiro setor

Reuniões Câmara Setorial dos Produtos Apícolas (SP)

Desenvolvimento da cadeia apícola

Instituições públicas, privadas e terceiro setor

APL do Agro (Mogi das Cruzes) (SP)

Desenvolvimento da cadeia do Agro

Instituições públicas, privadas e terceiro setor

Conselho Consultivo do Parque Estatual da Serra do Mar (Núcleo Santa Virgínia) Suzano (SP)

Assuntos relacionados ao Parque Estadual Serra do Mar

Instituições públicas, privadas e terceiro setor

Conselho Consultivo do CIESP (Jacareí) (SP)

Relacionamento

Instituições públicas, privadas e terceiro setor

AGFE (Agencia de Fomento Empresarial da Mogi das Cruzes (SP)

Fomento em Empregabilidade

Instituições públicas, privadas e terceiro setor

Câmara Setorial da Apicultura (BA)

Harmonizar as partes atuantes, aumentando a eficiência da cadeia apícola e a eficácia das políticas públicas no Estado, conduzindo à sua maior competitividade.

Empresa, Academia, Comunidade, Governo, Outros

Colegiado Territorial de Desenvolvimento Sustentável – CODETER, TI - Extremo Sul (BA)

Consolidar-se enquanto objeto de planejamento, cogestão e concertação de políticas públicas, seus programas e projetos. Reconhecendo a necessidade de descentralização e do envolvimento dos agentes locais como essenciais para o desenvolvimento, promovendo

Empresa, Academia, Comunidade, Governo, Outros

PAT Mandiocultura (BA)

Fortalecimento do cultivo de mandioca e da produção de farinha, atividades tradicionais no Extremo Sul da Bahia.

Empresa, Academia, Comunidade, Governo, Outros

Fórum Florestal da Bahia (BA)

Seguindo os princípios do Diálogo Florestal, os Fóruns Regionais devem promover a participação de todas as empresas e todas as organizações que atuam com silvicultura e meio ambiente na região de sua influência.

Empresa, Academia, Comunidade, Governo, Outros

Conselho Desenvolvimento Rural Sustentável - CONDERSU (ES)

Desenvolvimento Rural Sustentável - Aracruz

Poder Público Municipal,Empresa,Comunidade,Instituições (INCAPER, IDAF)

Câmara Técnica de Apicultura e Meliponicultura do Estado do Espírito Santo (ES)

Organizar os sistemas produtivos da apicultura e meliponicultora

Governo, Empresa, Instituições (IDAF, INCAPER), Federação, Associação

Fundação de Desenvolvimento e Inovação Agro Socioambiental do Espirito Santo - Fundagres Inovar (ES)

Pesquisa, educação, desenvolvimento e inovação nas temáticas: agropecuária, sustentável, pesca, aquicultura, meio ambiente, mudança climática, saneamento, agroturismo, saúde coletiva, desenvolvimento econômico, social e cultura, combate à pobreza.

Governo, Empresa,Instituição - INCAPER

Fórum Indígena de Aracruz (ES)

Sustentabilidade: Fórum de empresas para atendimento das demandas coletivas das áreas indígenas

Governo, Empresa, Outros

Comissão Permanente de Mediação e Acompanhamento de Conflitos Fundiários do Espírito Santo (ES)

Mediação de Conflitos

Empresa, Academia, Comunidade, Governo, Outros

Conselho da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piraqueaçu (ES)

Sustentabilidade, Desenvolvimento sustentável, Famílias ribeirinhas

Governo Empresa, Comunidades, Academia, Outros

Conselho Municipal de Meio Ambiente de Aracruz (ES)

Sustentabilidade, Desenvolvimento sustentável

Governo, Empresa, Comunidades, Academia, Outros

Comitê da Bacia Hidrográfica do Litoral Centro Norte (ES)

Sustentabilidade, Desenvolvimento sustentável

Governo, Empresa, Comunidades, Academia,Outros