contexto

O relato de emissões de gases do efeito estufa (GEE) da Suzano é realizado a partir da abordagem de controle operacional e contempla as operações:

  1. À montante: atuação dos fornecedores upstream e operação florestal, como silvicultura, colheita, manutenção, proteção florestal, construção de estradas, gestão de resíduos, aplicação de fertilizantes e logística de madeira;
  2. Operação industrial: produção de celulose, papel, bens de consumo, geração de energia, recuperação e utilidades, gestão de resíduos, saúde e segurança, operação de centros de estudos e pesquisas, operação administrativa [ligada a restaurantes, transporte de colaboradores(as), manutenção predial] e aquisição de energia elétrica;
  3. À jusante: operações de transporte e distribuição de produtos, incluindo Centros de Distribuição (CDs), transporte marítimo, ferroviário e rodoviário dentro do Brasil e internacionalmente.

Olhando para cadeia produtiva como um todo, grande parte das emissões da companhia estão nas operações estacionárias industriais e na logística operacional e de distribuição de produto (inbound – transporte, armazenagem e entrega de insumos para dentro da empresa – e outbound – transporte, armazenagem e entrega de produtos para clientes), sendo que, junto com as operações estacionárias industriais, o transporte de produtos entre portos (nacionais e internacionais) concentram o maior volume de emissões.

Também estão contempladas aqui, as emissões biogênicas relacionadas ao ciclo natural do carbono, bem como aquelas resultantes da combustão, colheita, digestão, fermentação, decomposição ou processamento de materiais de base biológica. Estão inclusos no cálculo de emissões biogênicas os consumos de biomassa, licor negro e metanol para geração de energia; calor e vapor em unidades industriais; e de combustíveis renováveis em operações, principalmente rodoviárias, como consumo de etanol, biodiesel misturado no diesel e etanol misturado à gasolina.

A seleção das metodologias de quantificação, coleta de dados e uso de fatores de emissões é feita com base nas recomendações da norma ABNT NBR ISO 14064-1 (ABNT, 2007). Para a elaboração do inventário ano-base 2022, também foram utilizadas as seguintes referências metodológicas:

  1. The Greenhouse Gas Protocol: A Corporate Accounting and Reporting Standard, World Resources Institute (WRI) & World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) (2004);
  2. Guias, orientações e ferramentas de cálculo do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHGP), da Fundação Getúlio Vargas (2022);
  3. IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês - 2006);
  4. Calculation Tools for Estimating Greenhouse Gas Emissions from Pulp and Paper Mills, National Council for Air and Stream Improvement (NCASI - 2005).

Conforme os princípios para a realização de inventários de GEE, foram considerados, sempre que possível, dados de medições e fatores de emissões mais próximos da realidade local.

A contabilização de emissões de gases do efeito estufa para o Inventário de Emissões de Gases de Efeitos Estufa divulgado no Registro Público do Programa Brasileiro GHG Protocol é regularmente verificada/auditada por terceira parte independente. Para comparação com o ano-base e alinhamento metodológico com os compromissos para renovar a vida da Suzano, utilizou-se índices de GWP relativos ao Quarto Relatório de Avaliação (AR4) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para os dados de emissões apresentados no Relatório Anual. Os dados também foram calculados com as métricas do Quinto Relatório (AR5) do IPCC para o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa a ser divulgado no Registro Público do Programa Brasileiro GHG Protocol e também podem ser disponibilizados caso solicitado.

 

Nas tabelas abaixo estão disponíveis as seguintes informações:

  • Emissões de gases de efeito estufa em tonelada de CO₂ equivalente;
  • Emissões biogênicas de CO₂ em tonelada de CO₂ equivalente;
  • Emissões de gases de efeito estufa, em tonelada, discriminadas por gás.

Emissões de gases de efeito estufa em tonelada de CO₂ equivalente

202020212022
tCO₂e tCO₂e tCO₂e

Emissões diretas (Escopo 1)¹

2.155.102,69

2.328.335,53

2.378.304,09

Emissões indiretas (Escopo 2)²

59.531,90

137.822,64

49.216,75

Outras emissões indiretas (Escopo 3)³

1.568.893,44

1.842.093,64

1.737.960,57

Total

3.783.528,03

4.308.251,81

4.165.481,41

1. As emissões diretas de GEE (Escopo 1) incluem, mas não se limitam às emissões de dióxido de carbono (CO₂) oriundas do consumo de combustíveis relatado na Divulgação GRI 302-1: Consumo de energia dentro da organização. O indicador contempla os seguintes gases: CO₂, metano (CH₄), óxido nitroso (N₂O) e hidrofluocarbonetos (HFCs). 

2. As emissões indiretas de GEE (Escopo 2) incluem, entre outras, as emissões de CO₂ provenientes da compra ou aquisição de geração de eletricidade, aquecimento, refrigeração e vapor pela organização para consumo próprio. O indicador contempla o seguinte gás: CO₂. 

3. O indicador contempla os seguintes gases: dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄), óxido nitroso (N₂O) e hidrofluocarbonetos (HFCs).

Emissões biogênicas de CO₂ em tonelada de CO₂ equivalente¹

202020212022
tCO₂e tCO₂e tCO₂e

Escopo 1

20.304.261,08

20.492.627,36

21.110.167,78

Escopo 3

46.621,06

74.003,10

84.894,25

Total

20.350.882,14

20.566.630,46

21.195.062,03

  1. Emissões biogênicas são as emissões relacionadas ao ciclo natural do carbono, bem como aquelas resultantes da combustão, colheita, digestão, fermentação, decomposição ou processamento de materiais de base biológica. O indicador contempla os seguintes gases: dióxido de carbono (CO₂), metano (CH₄), óxido nitroso (N₂O) e hidrofluocarbonetos (HFCs). Foram inclusos no cálculo de emissões biogênicas os consumos de biomassa, licor negro e metanol para geração de energia; calor e vapor em unidades industriais; e de combustíveis renováveis em operações principalmente rodoviárias, como consumo de etanol, biodiesel misturado no diesel e etanol misturado na gasolina. Os fatores de emissão destes insumos no Brasil são divulgados anualmente pelo Programa Brasileiro GHG Protocol. Em 2021, uma maior eficiência produtiva e menor número de paradas gerais permitiu que a produção aumentasse mesmo com o consumo de biomassa se mantendo constante. Para comparação com o ano-base e alinhamento metodológico com os compromissos para renovar a vida da Suzano, utilizou-se índices de GWP relativos ao Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Todos os valores relatados foram verificados por terceira parte independente.

Emissões de gases de efeito estufa (GEE), em tonelada, discriminadas por gás

Em toneladas de gásEm toneladas de CO₂ equivalente¹
EscopoGEE202020212022202020212022
t t t tCO₂e tCO₂e tCO₂e

Escopo 1

CO₂

1.864.863,86

2.055.465,20

2.051.137,19

1.864.863,86

2.055.465,20

2.051.137,19

Escopo 1

CH₄

2.880,18

1.888,83

2.531,32

72.004,51

47.220,73

63.282,90

Escopo 1

N₂O

684,03

703,88

854,37

203.841,37

209.755,64

254.603,05

Escopo 1

HFC

7,89

8,22

1,43

14.392,95

15.893,96

9.280,96

Escopo 1

TOTAL

-

-

-

2.155.102,69

2.328.335,53

2.378.304,091

Escopo 2²

CO₂

59.531,90

137.822,64

49.216,75

59.531,90

137.822,64

49.216,75

Escopo 2²

TOTAL

-

-

-

59.531,90

137.822,64

49.216,75

Escopo 3

CO₂

1.508.601,10

1.787.432,72

1.681.086,36

1.508.601,10

1.787.432,72

1.681.086,36

Escopo 3

CH₄

511,52

713,53

732,18

12.788,08

17.838,23

18.304,62

Escopo 3

N₂O

84,41

100,86

128,59

25.154,68

30.056,28

38.320,07

Escopo 3

HFC

20,27

3,67

0,15

22.349,58

6.766,41

249,52

Escopo 3

TOTAL

-

-

-

1.568.893,44

1.842.093,64

1.737.960,57

  1. Para comparação com o ano-base e alinhamento metodológico com os compromissos para renovar a vida da Suzano, utilizou-se índices de GWP relativos ao Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
  2. As emissões indiretas de GEE (Escopo 2) incluem, entre outras, as emissões de dióxido de carbono (CO₂) provenientes da compra ou aquisição de geração de eletricidade, aquecimento, refrigeração e vapor pela organização para consumo próprio. O fator de emissão para inventários corporativos divulgado mensalmente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação contempla apenas a emissão de CO₂ para a geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional do Brasil.

Informações complementares

Em relação a 2022, a Suzano teve um ano de produção estável, sem variação representativa quando comparado com 2021.

As emissões tiveram um ligeiro aumento influenciado pelas emissões das categorias móvel e atividades agrícolas, em função da consolidação de base florestal, e uma redução nas emissões dos maquinários industriais em linha com os processos de modernização e ganho de eficiência da companhia.

As principais emissões diretas da Suzano (Escopo 1) estão relacionadas ao consumo de combustíveis fósseis nos equipamentos estacionários das unidades industriais. Outras fontes de emissões significativas podem ser observadas nas unidades florestais pelo consumo de combustíveis fósseis por fontes móveis nas operações de silvicultura e colheita, nas operações logísticas e pela utilização de fertilizantes nitrogenados e correção do solo (calagem). O detalhamento por categoria está disponível no indicador “Emissões diretas de Gases de Efeito Estufa (Escopo 1) por categoria”.

As emissões indiretas por aquisição de energia (Escopo 2) da Suzano ocorrem em razão da compra de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil. Essas emissões são mais representativas nas unidades industriais, principalmente para as máquinas de papel, que demandam abastecimento contínuo de eletricidade.

Como a Suzano é uma empresa que autogera boa parte de sua energia consumida, as emissões de Escopo 2 são pouco representativas no inventário global. Houve um aumento da importação de energia elétrica de 7% em razão do aumento no consumo total de energia elétrica pelo aumento de produção nas unidades de bens de consumo e pelo processo de substituição turbo geradores obsoletos. Contudo, a diminuição de emissões do Escopo 2 da Suzano, em 2022, foi principalmente influenciado pela queda de 66% no fator médio de emissão para a eletricidade oferecida no SIN pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTIC) do Brasil. Essa variação se deu em função do bom desempenho pluviométrico do Sistema e a diminuição no acionamento de Usinas Termelétricas, ocorrido durante a crise energética que o País enfrentou em 2021.

As emissões de Escopo 3 tiveram uma queda de 6% em 2022. As emissões de transporte e distribuição (tanto de insumo quanto de produtos acabados) são as mais representativas entre as outras emissões indiretas da Suzano (Escopo 3). A companhia vem trabalhando fortemente nessa frente, principalmente na otimização de rotas marítimos e utilização de navios maiores para transporte de celulose.

Um cenário de produção industrial estável permite um maior consumo de biomassa e licor negro, ocasionando um aumento das emissões biogênicas. Além disso, a ampliação do consumo de combustíveis renováveis em operações rodoviárias, como o consumo de etanol, biodiesel misturado no diesel e etanol misturado na gasolina, também contribui para esse indicador. Os fatores de emissão desses insumos no Brasil são divulgados anualmente pelo Programa Brasileiro GHG Protocol. A mistura de biodiesel ao diesel foi de 10% ao longo de 2022. Em 2021, esse valor era de 11,7%, o que aumenta ligeiramente as emissões fósseis relacionadas ao diesel. A mistura de etanol e gasolina se manteve em 27%.

Para comparação com o ano-base e alinhamento metodológico com os Compromissos para Renovar a Vida da Suzano, utilizou-se índices de GWP relativos ao Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês). Os dados também foram calculados com as métricas do Quinto Relatório (AR5) do IPCC e podem ser disponibilizados caso solicitado.