O Inventário de Gases do Efeito Estufa é uma ferramenta fundamental para contabilizar as emissões e remoções de tais gases que ocorrem na produção e comercialização dos produtos da Suzano. Este infográfico explicará nas próximas linhas como ele é construído e o que está envolvido em seu cálculo.
BASE FLORESTAL SUZANO
1,47 milhões
de hectares de áreas destinadas ao plantio de eucalipto
1,0 milhão
de hectares de áreas destinadas à conservação de mata nativa
Para a produção da celulose, papel, bens de consumo e demais produtos do portfólio da Suzano, o processo produtivo resulta em emissões de Gases do Efeito Estufa (GEEs). A Suzano contabiliza os gases emitidos anualmente no seu inventário de emissões, que é verificado por terceira parte e disponibilizado ao público. E além das emissões, o inventário também mensura as remoções de carbono promovidas pela nossa base florestal (áreas plantadas e de conservação de áreas nativas). A mensuração é o primeiro passo para que possamos atuar como parte das soluções para combater a crise climática.
Antes de tudo, é importante entender que as emissões possuem diversas fontes. Conforme o GHG Protocol, elas são classificadas em três escopos, de acordo com a sua origem:
Em cada etapa dos processos de produção e comercialização de produtos da Suzano, podem ocorrer emissões de um ou mais escopos. O total de emissões da companhia é a soma das emissões dos três escopos em todos os seus processos. As remoções, por sua vez, resultam da expansão florestal, seja nas áreas destinadas à plantação ou às áreas de conservação de mata nativa.
Mas, afinal, onde ocorrem as emissões e remoções?
As respostas estão nas diferentes etapas do nosso processo produtivo, por isso, é importante conhecê-lo. Vamos lá?
Clique para saber mais sobre onde e como ocorrem as emissões e remoções de GEE.
Balanço de carbono acumulado (2020 - 2022)
É a partir dos Inventários e remoções de GEEs que podemos calcular o balanço da Suzano. Conforme mostrado, o inventário contabiliza os GEEs da operação e as remoções de gás carbônico (CO2) obtidas no processo de cultivo de eucalipto e de áreas de conservação de mata nativa. O saldo entre as emissões e remoções é o que nos permite afirmar se o balanço é positivo, neutro ou negativo. O balanço da Suzano é calculado de maneira acumulada, ou seja, considera as emissões e remoções obtidas desde o ano base (2020), até o último ano (2022), possibilitando assim o acompanhamento do desempenho.
Importante ressaltar que a metodologia do Inventário de Gases do Efeito Estufa é relativa à operação como um todo e não aos produtos Suzano. Afirmações referentes à pegada de carbono de um produto dependem de uma metodologia específica para a avaliação de todo o ciclo de vida de cada produto, sendo distinta do cálculo da metodologia do Inventário de GEE.
Além disso, nossas remoções acumuladas ao longo do tempo não significam que estamos gerando créditos de carbono de toda a remoção inventariada anualmente. Há diretrizes específicas para cálculo e certificação para eventuais créditos advindos de projetos em nossas operações e, portanto, os números podem ser distintos.
PENSANDO SEMPRE NO FUTURO...
Demonstramos através desse Infográfico como o Inventário de GEEs é uma ferramenta importante para que ações de redução e compensação de emissões possam ser colocadas em prática. E apesar da gerência de Mudanças Climáticas ser a responsável por elaborar a estratégia climática da Suzano, este é um tema transversal, por isso é incorporado nas atividades diárias e estratégicas de diferentes áreas. Entre suas ações, estão a gestão do uso de combustíveis fósseis, incluindo sua substituição através do reaproveitamento de subprodutos como o Licor Negro, a busca por inovações e soluções tecnológicas relacionadas à mitigação e resiliência, gestão da geração e consumo de energia, restauração florestal, engajamento do tema na empresa e no mundo, inclusão de medidas de mitigação e adaptação na matriz de riscos e na tomada de decisão, entre outras. Ainda, para garantir a governança para o tema, possuímos duas metas de longo prazo entre nossos “Compromissos para Renovar a Vida”. São elas a de redução de intensidade das emissões e de aumento das remoções de gás carbônico da atmosfera. Além das metas climáticas, a Suzano possui demais metas relacionadas à uma economia de baixo carbono, como a promoção da biodiversidade, gestão da água e resíduos, e oferta de bioprodutos que possam substituir componentes fósseis. Todos os compromissos podem ser acessados em nossa Central de Sustentabilidade.
Glossário
Ciclo de vida de um produto
Se refere às fases das quais a duração de um produto depende. Considera, portanto, desde o seu desenvolvimento, até a sua perda de valor ao ser descartado.
Fitofisionomia
A fitofisionomia é a particularidade vegetal de um região, podendo variar entre a vereda, cerrado rupestre, cerrado de mata seca, cerrado típico, entre outros.
GHG Protocol
A Iniciativa Greenhouse Gas Protocol é uma parceria de empresas, organizações não governamentais (ONGs), governos, acadêmicos e outros convocados pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) e o World Resources Institute (WRI). Lançada em 1998, a iniciativa tem como missão criar padrões e/ou protocolos de contabilidade e relatórios de gases de efeito estufa (GEE) internacionalmente aceitos.
Inventário de GEE
Os gases do efeito estufa (GEE) constituem a atmosfera tanto naturalmente quanto de forma antropogênica, isto é, emitidos em decorrência da atividade humana. Eles possuem uma propriedade de absorção e emissão de radiação que causa o efeito estufa. De acordo com o glossário do IPCC, vapor d’água (H2O), dióxido de carbono (CO2), óxido nitroso (N2O), metano (CH4) e ozônio (O3) são os principais gases de efeito estufa na atmosfera da Terra. O Protocolo de Kyoto, acordo internacional para limitar o aumento da temperatura do planeta, trata, além destes gases (exceto H2O), dos gases de efeito estufa hexafluoreto de enxofre (SF6), hidrofluorcarbonos (HFCs) e perfluorcarbonos (PFCs). O Inventário GEE é a ferramenta que contabiliza e mapeia os gases de efeito estufa e suas origens em determinada empresa, região ou país, por exemplo. Todos os anos, a Suzano contabiliza, audita por terceira parte independente e disponibiliza publicamente os dados decorrentes das emissões e remoções de Gases de Efeito Estufa (GEEs) provenientes de sua operação.
Inventário Florestal
O Inventário Florestal contabiliza informações de uma determinada área florestal, como por exemplo quantas e quais diferentes espécies compõem a região e seus estágios sucessionais.
IPCC
Sigla para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, braço científico da ONU que estuda e desenvolve análises e conclusões sobre as mudanças climáticas através de bibliografias de renomados cientistas do mundo todo.
Remoções
De acordo com o GVces, remoções biogênicas de CO2 ou a fixação biológica do carbono ocorre através da fotossíntese e, quando realizada, reduz temporariamente a concentração de CO2 na atmosfera. Dessa forma, o incremento de carbono em tecido vegetal deve ser contabilizado como remoção biogênica de CO2. Na Suzano, nos referimos à esse processo quando falamos em remoções. http://mediadrawer.gvces.com.br/ghg/original/ghg-protocol_nota-tecnica_categorias-escopo-1_-v2.pdf
*O Inventário de emissões da Suzano é elaborado com base nas recomendações da norma ABNT NBR ISO 14064-1 (ABNT, 2007) e as seguintes premissas e metodologias: The Greenhouse Gas Protocol: A Corporate Accounting and Reporting Standard, WRI & WBCSD (2004); Guias, orientações e ferramentas de cálculo do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHGP) da FGV (2020); 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories, IPCC (2006); Calculation Tools for Estimating Greenhouse Gas Emissions from Pulp and Paper Mills, NCASI (2005).
O cálculo das remoções de carbono no cultivo de eucalipto foi realizado de acordo com o “método de mudança de estoque”, seguindo as Diretrizes do IPCC para Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa; Volume 4: Agricultura, Silvicultura e Outros Usos do Solo; Capítulo 4: Terras Florestais. Para áreas destinadas a conservação e restauração, é utilizado o método “gain-loss” para calcular o volume de remoções de carbono, também recomendado pelas Diretrizes do IPCC.
A metodologia, coleta de dados, cálculos e resultados são verificados por terceira parte independente seguindo, sempre que possível, dados de medições e fatores de emissões mais próximos da realidade local. A contabilização de emissões de gases do efeito estufa é regularmente verificada/auditada por terceira parte independente e em conformidade com as especificações da NBR ISO 14064-1 e do Programa Brasileiro GHG Protocol.